quarta-feira, maio 24, 2006

O mundo é plano mas a roupa não devia ter que o ser

Há muitas coisas verdadeiramente estúpidas e inúteis que se faz por imposição da sociedade. Coisas como respeitar os outros. Mas se pensarmos em vestuário muitos apontam o usar gravata como exemplo, algo inútil pendurado à volta do pescoço. Há também quem se queixe de ter algo inútil pendurado um pouco mais abaixo, mas isso são outras histórias.
No entanto, considero que relativamente à roupa, há algo de profundamente mais inútil, imbecil e desgastante em termos de tempo e dinheiro. É o acto de a passar a ferro. Porquê? Porquê? Porque não se pode tirar a roupa do arame ou da máquina de secar e vestir? Porque temos que estupidamente perder tempo a passá-la a ferro ou gastar dinheiro para alguém o fazer por nós?
Porque motivo é que as pessoas hão-de de gastar uma significativa parte do tempo que não estão no trabalho,  em que não estão a ir ou a voltar de lá, em que não estão a dormir, a passar roupa a ferro?
Bem, às vezes também me interrogo porque é as pessoas gastam o seu tempo livre a ver Big Brothers e afins. Mas por mim, isso tudo bem. São opções de cada um. Ninguém é obrigado a ver televisão. Agora se alguém aparece no trabalho ou na rua com uma camisa que em termos de relevo faz lembrar a cara da Lili Caneças antes da operação, é logo intitulado de drogado-cheio-de-sono-inútil-mor-deliquente-apoiante-da-candidatura-de-João-Jardim-à-presidência-da-República. E apesar de este rótulo não ser propriamente ofensivo, é desagradável haver estas ideias pré-concebidas.

quinta-feira, maio 11, 2006

Notícia é quando o homem morde o cão ou quando o jornalista percebe um número

Já tenho dito que os jornalistas são das pessoas mais incompetentes com números. Qualquer notícia que os utilize, seja sobre sondagens, estatísticas ou câmbios, tem uma forte probabilidade de estar errada ou ser desprovida de qualquer significado. Eis mais um exemplo: o Público on-line tem em letras garrafais este título "Estudo indica que blocos de parto a fechar têm menor mortalidade". Em letras pequenas aparece: "Mas não cruza números absolutos com total de partos realizados". Ou seja, morrem menos bebés, em termos absolutos, naquelas maternidades, mas tal não quer dizer que o índice de mortalidade seja menor. É algo absolutamente óbvio que morrem lá menos bebés, visto essas maternidades irem fechar exactamente por terem poucos partos. O único factor relevante seria o número de mortos por total de partos efectuados.
A notícia acaba com o seguinte parágrafo:
"Quanto aos recém nascidos, as maternidades com piores resultados no que respeita a complicações e mortalidade são a maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa, e S. João, no Porto, respectivamente."
Que inesperado! Morrem mais bebés em maternidades que assistem milhares de parto por ano do que naquelas onde há um parto por semana.
Assim é feita uma notícia desprovida de significado e que induz fortemente em erro. Como esta, há muitas mais, todas as semanas. Para quando uma reportagem jornalística sobre a iliteracia matemática dos próprios jornalistas?

segunda-feira, maio 08, 2006

Algo sobre mim

Não sou nenhum génio. Sou apenas a pessoa mais inteligente do mundo.