terça-feira, janeiro 31, 2006

Revista de imprensa II - Estupidez mista

No mesmo noticiário apanhei apenas a parte final de uma outra reportagem, como tal posso estar a interpretá-la mal. Mas o que vi foi isto: uma senhora, penso que ministra espanhola, a dizer que noutros países que tinham adoptado legislação anti-tabaco similar à espanhola não tinham previsto a existência de espaços mistos. Havia áreas para fumadores e áreas para não fumadores, mas não havia espaços mistos.
Mas que estupidez é esta? Espaços mistos? Os espaços mistos são as áreas dos fumadores. Nas áreas de não fumadores é proibido fumar, mas nas áreas de fumadores ninguém é obrigado a fumar. Quem quiser lá estar mesmo não fumando, pode estar. Não pedem um comprovativo de fumador à entrada. Não sabia que em Espanha também qualquer um chegava a ministro.

Revista de imprensa - Pacheco Pereira, o visionário

Ontem vi o Pacheco Pereira na televisão a apresentar o seu último livro, "Quod Erat Demonstrandum - Diário das Presidenciais", que foi sendo escrito e publicado no seu blog e na imprensa.
Na entrevista ele disse que o título podia parecer arrogante, mas que os analistas políticos tinham que assumir a responsabilidade do que diziam e ele tinha acertado em quase tudo, excepto na parte do Manuel Alegre, que só para o final da campanha é que começou a ficar convencido que este ficaria à frente de Mário Soares.
Arrogante o título? Ó amigo Pereira, o senhor sabe ler! Muito bem! Tem todos os motivos para ser arrogante. Afinal, era difícil prever os resultados. Todas as sondagens, desde há mais de um ano, davam uma larga vitória a Cavaco Silva. As posições dos restantes também eram mais ou menos claras, excepto o posicionamento de Soares e Alegre que variavam de sondagem para sondagem. No entanto, na parte final da campanha, todas davam vantagem a este último.
Realmente é preciso ser um visionário para acertar em tão inesperados resultados! Ainda bem que o país tem pessoas com esta visão e que conseguem antecipar os mais surpreendentes cenários.

terça-feira, janeiro 24, 2006

Alegre, o Vingador

Alegre teve cerca de um milhão de votos.
O número de funcionários públicos é cerca de 700 mil. Não sei quantos são os empregados de empresas públicas, mas penso que estes juntamente com os primeiros hão-de fazer um milhão.

Houve algum analista político que tenha visto a relação entre estes números? Alegre deve ter monopolizado os votos da função pública. Este governo cortou, ou planeia cortar a médio prazo, alguns benefícios dos funcionários públicos. Estes ficaram furiosos.
Cavaco falou em ajudar o governo, em cooperação estratégica. Com esta frase os empregados do estado devem ter ficado de pé atrás. Com Mário Soares, pior ainda. Este apareceu ao lado de Sócrates a elogiar-lhe a coragem de fazer reformas.
No meio disto apareceu um canditato despeitado com o PS e desejoso de se vingar do seu secretário geral. Manuel Alegre chegou a dizer que ponderava, se fosse eleito Presidente, destituir apenas o primeiro-ministro sem dissolver a Assembleia. Estas palavras devem ter sido música para os ouvidos de muitos funcionários públicos. Que melhor forma de se vingaram de quem se atreveu a mexer numa ou noutra regalia? Assim votaram massivamente em Alegre, o Vingador, pensando "Isto sim, é um voto útil. E esta, hein? Quem diria que era ao Domingo que eu fazia algo de útil?".

quinta-feira, janeiro 19, 2006

Tiro pela culatra

VOTA *Mário Soares*


È o que está em melhor posição de nos oferecer 3 dias de luto nacional!



Enviaram-me o texto acima transcrito.
Parece-me claramente uma tentativa desesperada por parte da campanha de Mário Soares. Este slogan está a apelar ao instinto mais forte dos portugueses: terem um motivo para se baldaram ao trabalho. Mesmo não sendo certo que o luto seja acompanhado por feriado ou tolerância de ponto.
No entanto, não acho que seja esse o pecado mortal deste slogan. O grande erro é este:
Quando o Mário Soares morrer, penso que esteja praticamente garantido o luto nacional. Afinal o homem é um dos heróis do 25 de Abril, foi Primeiro-ministro e Presidente da República. Só não haverá luto nacional se na altura da sua morte for Presidente o Cavaco e este conseguir impedi-lo.
Com o Cavaco passa-se mais ou menos o mesmo: se morrer, independentemente do cargo que esteja a ocupar, é certo que haja luto nacional. A não ser, claro está, que seja o Marocas o presidente na altura.
Assim, para garantir uns dias extra de balda à boleia do luto nacional, nada como votar nos outros candidatos, que só terão honras de nacional luto caso ocupem o cargo de presidente na altura do finanço.
Assim sendo, uma boa possibilidade é votar no mais velho dos restantes. Quem é ele? Alegre? Jerónimo?
Mais um tiro que saiu pela culatra à campanha de Mário Soares.

quarta-feira, janeiro 18, 2006

Epá, eis umas frases daqui! (estou a agarrar a orelha)

Um padeiro que ia a correr pela rua abaixo,
tropeçou, e ao cair fez: "PÃAAAOO!!!"

Assim que cheguei ao Brasil, na alfândega,
perguntaram-me se estava tudo legal.

Queria jogar mini-bilhar, mas disseram-me
para ir dar uma volta ao bilhar grande.

Entrou-me um mosquito para o olho
e disse-lhe: "Desaparece da minha vista!"

Será que matar alguém com um lança-chamas,
é considerado homicídio à queima-roupa?

Por muito que rode, não consigo desligar o rádio do meu braço.

A maioria das pessoas anda em trajes menores,
porque as suas roupas têm menos de dezoito anos.

O cavalo come aveia e a veia come cavalo.

Um sapateiro tinha um gato,
e fazia dele gato-sapato.

Pa.. bo.. enten.. me.. pala.. bas..

Uma abelha disse-me que os animais também falam.
Ao ouvir isto disse-lhe: "Está bem, abelha..."

Há quem não perceba um corno de tourada.

Como é que nos vingamos dum empregado
que nos serviu um prato frio?

Nunca serei veternário.
Nem mesmo que a vaca tussa,
ou que a porca torça o rabo.

Será que as vacas leiteiras também se deleitam?

Perguntei se era sempre em frente,
mas mandaram-me dar uma curva.

A polícia anda à coca de narcotraficantes.

Por vezes dizem-me: "Quero a sua arte!"
E é por isso mesmo, que ando sempre com lenços.

Estava quase a cair da cadeira,
quando alguém me disse: "Sente-se bem (?)"
E eu sentei-me.

Jesus Cristo era carpinteiro, pois passava a vida a pregar.

Entrei, dirigi-me ao balcão e disse:"Quero matar-te!"
E a empregada perguntou-me:"De cereja ou maçã?"

Enquanto artista, acredito na inspiração.
Quanto à expiração, é que continuo a ter as minhas dúvidas...

Fiquei feito camelo, à espera no Rato,
por causa de um amor cão. Sou mesmo burro...

Isto de ter princípios parece nunca mais ter fim.
Felizmente, sou do tipo de pessoas que não olha a meios...

Não gosto nada de tirar fotografias,
pois não consigo fazer uma pose natural
durante muito tempo...

Comprei um cão na feira da ladra.
Será que morde?

Havia um náufrago numa ilha deserta, que nunca foi salvo.
Por isso, ficou o resto da vida a ver passar navios…

Os estrábicos raramente são assaltados,
porque têm sempre um olho no burro
e outro no cigano...

Hoje fiz o código:
wsk htykvpctpizv eum
Agora, só falta a condução...

Descobri que sou um atrasado mental!
No entanto, não fiquei muito preocupado,
pois o atraso é só de cinco minutos.

"Vendo andar novo na zona do Parque Eduardo VII".
O que é que isto significa realmente?

Se eu fosse padeiro, punha à porta um cartaz com a seguinte inscrição: "Não há pão para malucos".

Se há coisa que detesto mais do que pretos, ciganos e monhés,
é gente racista...

segunda-feira, janeiro 16, 2006

Ditados populares

Outro dia queria servir a sopa aos meus convidados, mas mesmo após uma busca de 15 minutos não encontrava o raio da concha.
Como tal virei-me para a empregada e perguntei-lhe "Ó Guilhermina, por acaso essa marreca que aí tem nas costas não é a minha concha?", ao que ela respondeu "Não, senhor, esta marreca foi de passar tanto tempo curvada no meu anterior emprego, no parque de Monsanto". Dito isto deu um passo para trás, bateu na parede e um som metálico ecoou pela cozinha.

Lá diz o povo, mais depressa se apanha uma mentirosa que uma concha.

quinta-feira, janeiro 12, 2006

Revelação da minha faceta de marginal

No post anterior anterior quebrei uma regra que eu próprio impus a este blog: não usar imagens. E não a cumpri logo num post sem substância - apesar de ter massa. E ovos.

Agora vou quebrar a segunda regra: não postar nada que não fosse eu o autor (excepto citações prontamente comentadas por mim).

Assim sendo, eis a segunda transgressão no mesmo dia:
Quando eu tiver um mano, vai-se chamar Herrare porque Herrare é o mano.Eu vou gostar muito do meu mano.

Pasteladas!

Verifiquei que há diversas pessoas um pouco por todo o mundo, desde o Brasil à Eslovénia, que vêm parar a este site porque procuram "pastéis de belém" no yahoo. Espanto: ainda há pessoas que usam outros motores de busca sem ser o google?
Constatei igualmente que é graças a este post que elas cá caem. Penso que devem ficar um pouco frustadas, pois certamente procuravam algo diferente, tal como a receita ou a história dos ditos pastéis. Assim, num acto totalmente altruísta, coloco aqui a receita e também um pouco da sua história.
Bom proveito!
Nota: Sintam-se à vontade para me mandarem alguns.

terça-feira, janeiro 10, 2006

Agarram-me senão eu faço tremer isto tudo (disse a placa tectónica)

Hoje de madrugada houve mais um tremor de terra em Lisboa. Um tremorzinho. Um tremorzinho que quase ninguém sentiu.
Neste país até as placas tectónicas sofrem do mesmo mal que a população. Ameaçam, ameaçam, mas ficam-se por aí.
Para quando um terramoto que ponha Portugal a abrir noticiários, fazendo mais pela divulgação do país que qualquer europeu de futebol ou Lisboa-Dakar? E que garanta mais fundos que qualquer negociação orçamental da União Europeia?

Até quando vamos ficar a viver da glória passada de um sismo que ocorreu há mais de 200 anos?