quarta-feira, março 28, 2007

A Grande Irmã (afinal a RTP é uma senhora, não é?)

Já repararam que a RTP tem agora uma base de dados com os números de telefone das pessoas que votaram em Salazar ou em Alváro Cunhal?
Aposto que haverá quem se divirta a telefonar a essas pessoas a dizer "Seu fascizóide, devias ser mandado pró Trafalgar a ver se gostavas" ou então "Eu sei bem que o senhor prefere comer ao almoço uma criancinha a um leitão da bairrada", conforme o caso.

Teoria da conspiração: Salazar e Cunhal inicialmente estavam longe dos primeiros lugares. Foi a RTP que lançou o boato que eles estariam à frente para dessa forma incentivarem as pessoas a votaram neles e criarem a tal base de dados com as preferências (desvios?) políticos de cada um.

segunda-feira, março 26, 2007

Os grandes votantes

Muitas pessoas ficaram surpreendidas com a vitória de Salazar no programa "Os Grandes Portugueses". Eu não. Cada chamada custava 0,60€ + IVA e eu sempre considerei um bocado estúpidas as pessoas que pagam para votar em concursos televisivos.

No entanto, não deixa de ser estranho. Sendo Salazar tão adverso a eleições como é que os seus apoiantes até pagam para votar? Dá a ideia que eles pagariam era para não votar. Pagariam para não votarem nem eles nem mais ninguém.

Salazar e Cunhal ficarem nos primeiros lugares compreende-se, visto o fascismo e o comunismo terem a sua militância, logo existirem pessoas muito mais propensas a investirem para a sua facção ganhar. Agora, Afonso Henriques ou o Infante, por exemplo, não têm nenhum clube de fãs. Assim surge uma questão: porque razão ficou Aristides de Sousa Mendes em terceiro lugar? Salvou muitas vidas na Segunda Guerra, mas não fundou um país nem deu novos mundos ao mundo. Como tal o seu lugar tem que ser explicado na mesma forma que os dois primeiros: militância. Mas que militância pode Sousa Mendes suscitar? Pensei logo: os judeus. Foram os judeus em Portugal que votaram massivamente no Aristides. Mas rapidamente mudei de ideias: votar implicava gastar dinheiro, nada de acordo com a natureza deste grupo.
Pensei, pensei e cheguei a uma conclusão irrefutável: Aristides de Sousa Mendes contou com uma base de apoio imensa, os funcionários públicos. Todos aqueles trabalhadores de repartições e afins, cujo trabalho consiste em pôr um carimbo num papel, tarefa para a qual demoram em média 15 dias, votaram em Sousa Mendes. Aristides de Sousa Mendes carimbou 30 mil vistos salvando assim milhares de vidas. Agora estes profissionais do carimbo podem falar com orgulho do seu trabalho: "Eu, com um movimento de braço, posso salvar uma vida. Já não seria o primeiro a fazê-lo. Este é um trabalho de um Grande Português!".

quinta-feira, março 22, 2007

Não morra em vão - faça-me ganhar dinheiro

Abri uma empresa baseada na ideia que escrevi no post Suicídio Inn escrito em Dezembro de 2005.
Eis algumas imagens do meu site de internet.




Até falo no site nos incentivos fiscais que referi na altura:


Just kidding. O site é de promoção ao filme Suicídio Encomendado. Podem ver aqui o trailer cheio de humor.

terça-feira, março 20, 2007

Chá vidente

Ontem bebi um chá de lúcia-lima.
Quem diria que juntando um pouco de lima, a irmã Lúcia ainda dava para fazer um cházinho tão gostoso.

sexta-feira, março 16, 2007

"Tem feito um tempo bonzinho, não tem?"

Pra que dar atenção a quem não sabe conversar,
pra falar sobre o tempo ou sobre como estava o mar.

Estes versos fazem parte da letra da música "Lôra Burra" do "Gabriel, o Pensador".
Falar sobre o tempo é o desbloqueador de conversa menos imaginativo que existe. Igualmente é a conversa mais banal e fútil que há. Bem, claro que se pode afirmar que falar sobre o último namorado da Elsa Raposo é mais fútil. Mas a isso já não chamo conversa.
Visto isto, intriga-me muito o motivo pelo qual pessoas supostamente inteligentes pagaram mais de mil euros para ouvir um senhor falar sobre o tempo e se a maré vai subir ou não. Al Gore, julgo que que é este o nome do orador.
Ouvir uma "lôra burra" falar sobre o tempo compreendo que ainda tenha os seus atractivos, nomeadamente se o investimento em água oxigenada tenha deixado verba disponível para o silicone e os vestidos decotados. Agora ouvir a mesma conversa de um americano gordo? Haja paciência!
Para verem que eu não minto, podem clicar: http://www.publico.clix.pt/shownews.asp?id=1285064